MUNDO DE PLÀSTICO ACINZENTADO
Por Anne Caroline Quiangala
Na verdade ninguém parece interessante realmente.
Seus anseios são estranhamente comuns:
É tudo tão fascinante, mas nada te contamina...
Todos sob frio intenso, nenhum ardor,
Um mundo cinza de plástico, que não existe:
Onde as meninas escondem seus desejos,
Onde todos ignoram os fatos como são (vêem como devem)
O que é o tempo diante dessa hipocrisia?
O que sou diante dessa atmosfera cinza?
Mias uma vez Perséfone deve despertar as flores
Flores de verdade, que possam banir todo o plástico
Dessa forma correta de viver
Em que todos se toleram e ninguém se aceita.
Sem avançar os limites da “boa vizinhança”
E sem inocência das crianças mecanizadas.
Ninguém pode escapar do mundo de plástico,
Ninguém consegue fugir desse círculo vicioso de consumo e aparências
Quem somos afinal, se não meros escravos (espectros)
Acorrentados pela estranha dor do saber e do temer.
Um largo sorriso irônico
O grito silenciosamente ensurdecedor de quem corta os pulsos
Atônito pela verdade não aplicada
Nada é real, oh não!
A falta de beleza dessas, no salão de beleza se plastificando
É deprimente...
Não há prazer nesse mundo sem tato, sem desejo ou sabor...
Na verdade há tudo isso oculto no amor pelo consumo
(amor a si mesmo)
Beijos, dedos – tudo falso.
Dor, amor, flor – tudo falso.
Filosofia, sorriso e lágrima - tudo é falso.
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