sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

MUNDO DE PLÀSTICO ACINZENTADO

Por Anne Caroline Quiangala

Na verdade ninguém parece interessante realmente.

Seus anseios são estranhamente comuns:

É tudo tão fascinante, mas nada te contamina...

Todos sob frio intenso, nenhum ardor,

Um mundo cinza de plástico, que não existe:

Onde as meninas escondem seus desejos,

Onde todos ignoram os fatos como são (vêem como devem)

O que é o tempo diante dessa hipocrisia?

O que sou diante dessa atmosfera cinza?

Mias uma vez Perséfone deve despertar as flores

Flores de verdade, que possam banir todo o plástico

Dessa forma correta de viver

Em que todos se toleram e ninguém se aceita.

Sem avançar os limites da “boa vizinhança”

E sem inocência das crianças mecanizadas.

Ninguém pode escapar do mundo de plástico,

Ninguém consegue fugir desse círculo vicioso de consumo e aparências

Quem somos afinal, se não meros escravos (espectros)

Acorrentados pela estranha dor do saber e do temer.

Um largo sorriso irônico

O grito silenciosamente ensurdecedor de quem corta os pulsos

Atônito pela verdade não aplicada

Nada é real, oh não!

A falta de beleza dessas, no salão de beleza se plastificando

É deprimente...

Não há prazer nesse mundo sem tato, sem desejo ou sabor...

Na verdade há tudo isso oculto no amor pelo consumo

(amor a si mesmo)

Beijos, dedos – tudo falso.

Dor, amor, flor – tudo falso.

Filosofia, sorriso e lágrima - tudo é falso.

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