sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Arrebol















Que o arrebol seja supremo,
intenso e incendiário.

Que venha, absolutamente,
o que deve vir...sem pressa.

A ordem de tudo, intensamente,
Há ordem.

As primaveras e o verão de morte.
As estações se passam, como devem passar.

A dor fere, impregnada de pesar.
As dificuldades parecem ser intransponíveis.

O passado que não é seu
deprime.
A primavera não floresceu quando deveria?
morte
silenciosa
passiva
compassiva.
Caos de dentro
...Tempestuoso...
que pode sempre piorar...




quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O CAVALEIRO E A SONHADORA

Por Anne Caroline Quiangala


O pesadelo era como um salto

Através da busca desconexa por si mesma

Ela mergulhou no abismo obscuro...

Corpo violáceo de encontro ao oceano brumoso,

No patamar mais profundo e desconhecido...

***

Despertou do súbito desmaio pulsante

Em território jamais visto,

Oceano era borrão irreal, percebeu que era

Pincelado com violência inaudível...

Inundando todo o porão interminável...

***

Trilhou todo o caminho do deserto glacial

Rumo à porta, que estava trancada...

Até que veio o mal, alto, forte, oculto

Carregando-a rumo às sombras

Pelas masmorras úmidas e ruínas esquecidas...

***

- É ela quem troca um prazer momentâneo

Instante;

Pela eternidade a abraçá-la,

Simplesmente não consegue ir-se –

***

Esqueceu que era portadora da CHAVE

Mais tarde cairia em prantos pelo erro.

Nada podia ser pior...

No calabouço havia sepulturas...

Enquanto divagava foi tocada por um algo frio...

***

Um guerreiro ferido na ETERNIDADE

Frio, cruento, face marcada:

“Vim buscá-la, noiva minha”.

Com estaca em punho e,

Dominada por um amor inexorável...

***

Perfurou o peito duas vezes morto,

Liberando o demônio malévolo,

Urro de morte, letal...

Dia e noite...

Memórias impossíveis de abstrair...

***

Inferno astral, soturno, sombrio...

Foi-se o homem mau

Abrupto como o início...

Sumiu o noivo; então chorou ela:

I-ELEGIA

“Era ele que enxergava com teus olhos

E com a tua boca alimentava-se,

Mas o fruto era podre, proibido:

To will - To die

Decidido a ir de encontro ao palácio

Na morte, o mármore da cor dos olhos

Castigo nas mãos de Hades

To wish – A death

O fim de tudo é recomeço:

Desejo... Reencontro... Morte”.

II-PSEUDO ÈPICA

...E ele percorria os campos

Cavalgando alucinado

Líder, à frente, de negro

À frente, ao centro de dois outros...

O estandarte negro de dragão

Foi cravado na mãe TERRA

Sorriso malévolo nos lábios...

Desembainhado metal faminto...

“Que viessem”, e vieram

Montando cavalos alados vieram

Homens que não eram homens...

Iniciou-se a batalha...

E o guerreiro trespassou a espada através dos peitos macilentos

Liberando um a um (terríveis agouros)...

Ouviam-se grunhidos de alívio...

O MONSTRO líder retalhou

Golpeando com suas lanças primitivas...

Cercaram um cavaleiro, ao sinal, atacaram-no.

Ele gemeu e caiu, estatelado...

***

As bestas ruíram como hienas famintas

Avançaram em busca de mais,

Os guerreiros permaneceram amenos

Alimentando o aço e a TERRA com o que lhes basta...

***

A medida que degolavam, os falsos homens caiam , seus cavalos fugiam

Galopando pelo céu escuro

Na noite que se estendia...

***

As criaturas bestiais, olhos em forma de fenda, apertados o apuro auricular permitindo ouvir os sons da floresta cessarem...

Cortou o ar e achou as víceras do guerreiro...

***

Ele caiu e o cavalo correu pela eternidade

O chão áspero lambendo as feridas

Recém traçadas na pele...

Fomenta ódio crescente...

***

O último deles pereceu

Ainda resistindo bravamente

Diversas lanças salpicadas pelo corpo

Cabeça perfurada, jorrando...

***

Os monstros urraram no breu

O fechar das pálpebras foi um consentimento à escuridão...

A CHAMA reacenderia...

***

No guerreiro a pele ressurgia

Construindo-se no sobrenatural...

E ele se levantou...

E foi o fim de tudo...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008


Hóstias, Cruzes, Água benta e afins.

Por Anne Caroline Quiangala

“This is killing us

Fighting the truth losing battle

We believe in nothing

Just hatred for each other

(…) no more, no more

This pain, must end”

(Silent wars - arch enemy)

Era uma noite de sexta feira treze de agosto, noite sombria e celestial em que eu aguardava (muito a contragosto) o grupo de oração para rezarmos o terço. Nunca fui uma devota fervorosa, mas, no entanto, sempre fui ávida pelo obscuro da fé. Percebendo isso, minha mãe, que participava dos ritos católicos de forma rigorosa e claramente obsessiva, me inseriu em certos hábitos, alegando desejar uma camuflagem perante todos, mas eu sabia, na verdade eram as minhas atitudes que o que condenava, era como se eu fosse herética. Era obrigatório participar sempre, caso contrário? Muitas coisas...

* * *

Minhas tendências naturais sempre foram contrárias às tradições ditas luminosas. Tanto que, antes de completar sete anos, meu pai levantou a voz e ameaçou queimar-me após dissertar sobre a inquisição. Tudo isso devido a minha disciplina precoce, que, somada à aversão ao símbolo máximo cristão (a cruz) faziam de mim um bom bode expiatório. A cruz simplesmente me deixava doente; qualquer contato com a mais ínfima gota que fosse de água benta tornava meu humor irritadiço, a pele coçava a ponto de ferir; Tomar a hóstia foi um como um misterioso atentado à minha vida. Sabendo disso, no dia da minha primeira comunhão, a minha irmã mais velha, Scarlett, resolveu virar freira, adquirindo assim, o meu ódio mortal.

* * *

A casa fora limpa e adornada especialmente para aquele fim, mas como os convidados demoraram resolvi escutar música; fui para o quarto recém organizado e comecei a ouvir Arch Enemy. Por hora, inebriada pela música, agitava a cabeça alucinadamente, acompanhando os guturais e os riffs minuciosos; lembrei que estava a sós em casa, o que eu me deu um gosto adorável. Permaneci batendo cabeça, girando, até que... bati a cabeça com força na imensa caixa plástica para guardar CDs; os olhos abriram, de leve, purpúreos e estáticos, devido a dor muda incalculável . Olhei a minha face no espelho, o sangue brotava da porção direita da testa e escorria junto às lágrimas no lado atingido.

Não sei dizer como ou quando se deu o desmaio, ou se ele realmente aconteceu, mas, quando despertei, estava em um local escuro, úmido e fétido, os pulsos e os tornozelos em carne viva presos por um ferro, os lábios rachados e a testa dolorida. Estava deitada sobre uma superfície gosmenta, gelada e com forte cheiro de mofo.

Minhas pupilas logo se dilataram, então pude constatar uma silhueta se aproximando, trazendo consigo uma névoa fedorenta a qual me sinto incapacitada de descrever com precisão... Imagine uma tonelada de ratazanas em decomposição... não chegou sequer à metade do caminho...

Quando a criatura falou, emitiu um timbre viscoso, como que em desuso, enferrujado.

- Bem vinda ao meu confim... Sim, você encontrou as trevas que busca desde o início da inconsciência e do controle da consciência... Está aqui a seu bel-prazer, portanto.

Estranho aquele aspecto primitivo ser tão claro e mesmo inteligente, mas eu enrijecia ao menor avanço da criatura... Não, não poderia ser um humano.

* * *

Primeiro grande ato: deitou-se sobre mim; ouvi um som retorcido, era o seu arfar monstruoso. Quanto ao corpo, este era repulsivo; Tateei a face sulcada, o corpo deformado e senti aquela pele cascuda repleta de fendas e erupções que gotejavam gosma além de furúnculos em furo que pareciam tão frios como carne congelada; cada lufada inglória adormecia um dos sentidos.

Fiquei surpresa com minha aceitação amena, o controle que se apoderou de minha mente de forma inexplicável, para não dizer, sobrenatural. Acumulado com a isenção do pavor, uma outra sensação estridente foi tomando conta de cada célula do meu corpo que, por difusão, espalhava o calor lascivo, o desejo extremado por aquele monstro que no meu caso era o salvador; não aquele inábil príncipe de cavalo branco dos contos de fadas, mas o meu temível Nosferatu que habitava a nojenta enxovia que cobria meus lábios com beijos tépidos, afagos envolventes, luxuriosos e obscenos.

Tirou a manta grosseira que o cobria, exibindo nódoas moles, gosmentas; meu corpo emergiu ao retirar minhas vestes, até que nos enlaçamos em totalidade; éramos um paradoxo, uma simetria defeituosa que, cada vez mais, se tornava indistinta.

Atraí-me esplendorosamente pelo grotesco, pela Fera[*1]

repulsiva que não era capaz de repelir, até que...

* * *

No segundo ato ele deixou cair a sua máscara densa, terrível e mortífera. A partir daquele instante eu saberia o que estava intrínseco e acabaria por retomar o mau em meu inconsciente. Meu sombrio monstro emitia tenebrosos ruídos, que não podiam encobrir o som úmido e macilento das garras que emergiam pela carne acima dos dedos; garras estas que me perfuravam repetidas vezes como vigas, mergulhando em minhas víceras e trazendo à tona o líquido da vida, que, na escuridão, não era visível. Meus olhos estavam fechados, e a dor me forçou a apertá-los ainda mais como que tentando dissipar a dor enlouquecedora.

Minha primeira reação para tentar me desvencilhar daquela mistura homogênea e colossal, foi me debater; entretanto, força descomunal dele anulava qualquer possibilidade de movimentação da minha parte.

O Desejo me forçava ao contato físico total. Logo as garras alcançaram as minhas costas; deliciando-se com a minha dor ele permitiu que eu redobrasse o corpo e o contorcesse, escapando daquela maldita dor que me afligia. Meu ódio era controverso, era ódio por mim, não por ele; Em resposta aos meus pensamentos ele me concedeu o mais perverso e violento açoite, como que desprendendo de si uma enorme carga.

De súbito abri os olhos. Resisti. Ao menos tentei. O corpo físico precisava sucumbir, mas a batalha ferrenha se estabelecia entre a Alma e a Morte...

O meu vômito sanguíneo era sugado com voracidade pela besta. Sentia em meus lábios um fluido agridoce invadir a boca... Como desejava repeli-lo... Busquei reunir ao máximo a força do meu âmago, enquanto ele se deleitava com a minha dor, enquanto a vida não falta, apesar de que estivesse fugindo... Era uma ampulheta pequena... O que está em cima vem para baixo e vice versa...

Um lampejo exibia minha infância, eu buscava o suicídio através de um copo com água... Sorri brevemente sentindo a violência em seguida. Tentei empurrá-lo, mas minha força foi neutralizada de modo imaterial. Por um segundo perpetuou o silêncio vazio e sinistro... Vislumbrei o som monótono e rigidamente imutável do órgão, as velas sendo acesas no altar com cuidado... A cruz que reneguei... Mas trazia junto ao corpo algo que não pude me desfazer: um escapulário que ganhei há muito tempo...

Ouvi um baque brusco e estrondoso; formou-se um buraco sobre as nossas cabeças por onde se infiltrava a luz da rua e exibia os nossos corpos enlaçados. Como que por milagre, criaturas semelhantes àquela que permanecia sobre mim desceram para o esgoto afastando os insetos a volta e, em seguida, retirando o meu cavalheiro brutal com violência distinta, lançando-o à Estirge[*2] negra vinda dos canos; aproveitei a deixa, me recompus com dificuldade, e, nua, busquei correr à procura de uma saída.

Os demais nosferatus me alcançaram e formaram um círculo inviolável a minha volta, circulo este que se fechava muito rapidamente.

Desejei ver a cruz, tomar o sangue, comer o corpo e nutri-me da água das águas (não menos lodacenta por isso)... Quem me encontraria em um local como esse? Um estranho medo se instalou em minha mente, o pânico. Não fui capaz ao menos de gritar sabia, no fundo o que isso ocasionaria... Eles ouviam os meus pensamentos e, em reação a eles exibiram as dentições e as faces medonhas mais mutiladas, chaguentas e cobertas por liquens, circundando-me, eu como a presa em meio a uma matilha esfomeada... Eles andavam em círculos, os dois sulcos que envolviam os olhos amarelos cujas pupilas em formato de fenda fixavam - se em minha figura, ao menor movimento do corpo trêmulo que se entregava a passos curtos à rendição total.

Deitei no chão como forma de submissão, fechei os olhos e me entreguei à morte. Cada vez mais me afastava desse mundo, embora tenha ouvido por algum tempo o balbuciar mórbido, corpulento e enegrecido:

- Nosso aspecto atordoa nobre princesinha? Nós somos as sombras, e dor é o que nos alimenta e dá prazer... Assim como Baudelaire apreciamos a “estética do feio”. Resta saber se você está apta. O que me diz? Aceita, ou regressará aos santos, às cruzes e os mantras monótonos?

Arquejei, com efeito, sob os tentáculos dispensados sobre mim, a cabeça latejando, o pulsar longínquo retornando... Mexi os dedos arraigando espírito à carne tão logo fria como que estimulada pelo golpe rasteiro em meu único pertence junto ao corpo deformado...

Todos os seres ardilosos e asquerosos se aproximaram, curvando-se sobre mim como se eu fosse um oásis no deserto; fui sentindo o corpo sendo perfurado com veemência... Sim eu aceitara o voto das sombras, passei a ser uma criança da noite, a notívaga e destroçada Bela como me chamaram

[*1]“A Bela e a Fera”, da Disney.

[*2]Rio do inferno


PS: ESSE CONTO PODE SER CONFERIDO NO SITE CONTOS DE TERROR:

http://www.contosdeterror.com.br/contos/hostias.html



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Existem aqueles dias que conseguem ser terríveis desde o café da manhã. Nesses dias o que há de mais perverso acontece repetidas vezes. Existem dias em que predomina o 'não'.Mas quando tudo parece estar perdido, quando você acredita que o fracasso está iminente...
saiba que depois do desespero tem sempre que vir a bonança.Sendo reais ou não, as crenças, o pensamento positivo, a lei ne Murphy ou o que for, tem que vir a bonança.



Às portas da maioridade

"Maus, para a esquerda!" mandará um dia o Juiz,

"E vós, Cordeirinhos, ficareis aqui à direita!"

Muito bem! Mas há uma coisa a esperar ainda dele; então dirá:

"A vós, Sensatos, quero-vos mesmo em frente!"

Epigrama - Johann von Göethe (Veneza, 1790)

Olá!Seja bem vindo ao mundo real. Nele as coisas não são como sempre foram. Você está na área que delimita um fim, uma morte. Calma, aqui quem morre é uma parte de você, um aspecto que deve abandonar para que possa prosseguir. Venha comigo que mostrarei o caminho. Onde mesmo eu estava?Ah sim, lembrei. O mundo real é aquele que costumam chamar de cão. Talvez seja, mas não é impossível que não seja. Confesso a você que jamais entendi o real significado da expressão “mundo cão”.

Gostaria de falar um pouco mais sobre a sua nova vida, pode ser?Hum, que bom. Aqui as coisas não são fáceis, como bem disse antes. Você está sozinha, tem que correr em busca dos seus objetivos e, caso não tenha, traçá-los por si mesma. Aqui você não passa de um número e, sinto dizer, você pode ser reconhecida por dois caminhos: dinheiro ou currículo. Ninguém hesitará em fechar as portas pra você. Não pense que é especial ou que será beneficiada porque alguém que conhece seu esforço e talento e confia na sua capacidade fará algo para ajudar.

A idéia é que siga o seu instinto, como os demais animais. Ah, não esqueça que é um animal como qualquer outro nessa selva de pedra e que faz parte da massa. Tudo irá conspirar para que nasça e morra sendo mais uma indigente em meio à massa sem voz e desqualificada que vira exército de reserva (mão de obra barata) submetida a trabalhos exaustivos, recebendo salários irrisórios e vivendo uma merda de vida. E quem está na merda está porque cavou ou sucumbiu e, não estando contente, puxa quem está na borda. Lembre-se disso sempre. Faça a diferença, lute pela sua felicidade e realizações. Quando estiver insuportável, chore. Quando não tiver jeito, chore. Quando estiver sem forças, mentalize a armadura e empunhe a espada. Você está numa guerra. Faça tudo o que for impossível para sobreviver... Mas pense, não dê espaço para o Desespero se alojar. Aprenda apenas a arquitetar e a manter-se firme, sempre sempre, nesse mundo injusto. Aliás,não injusto, real, impessoal e individualista.Injustiça é pra fracassados.Acredito que não seja o seu caso. Bem, agora vá e desbrave o mundo por si mesma. Você cresceu e ninguém mais fará nada por você. Nunca, ouviu? Nada de fraquezas, nada de material colorido ou de livros encapados. Nada de tudo que fazia parte da sua realidade ilusória, tanto quanto as Barbies aposentadas em alguma parte do seu quarto ou da sua mente. E isso é só.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Teoria das Cordas




"De acordo com a teoria todas aquelas partículas que considerávamos como elementares, como os quarks e os elétrons, são na realidade filamentos unidimensionais vibrantes, a que os físicos deram o nome de cordas. Ao vibrarem as cordas originam as partículas subatómicas juntamente com as suas propriedades. Para cada partícula subatómica do universo existe um padrão de vibração particular das cordas."

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Modus Operandi

Por Anne Caroline de Souza Quiangala João

(...)

O romance neste relacionamento é algo que quase não existe, pois falta sonho, relaxamento e descontração.

Deve se preservar contra o orgulho excessivo, se quiserem que esta relação decole.

http://www.dpwinfo.com.br/astro/capricornio.htm

Mulheres.O que seriam essas criaturas misteriosas? Segundo ele, demônios inconfiáveis.Seu olhar intenso, sua boca seca clamavam por algo... mas o que isso teria a ver?Passou a mão esquerda pelo topo da cabeça sentindo a pele lisa por completo.O corpo exalava o que a mente pensava... a sensação era forte, sutil e sublime...O corpo pedia, chegava a doer.

Levantou da cama e se vestiu – sempre havia aquela vestimenta jogada“do ontem” irrecordável. Seu hálito ainda era alcoolico, sua pele pingava suor. Melhor tomar um banho e manter o controle. Fe-lo, mas, ainda assim, nã parecia gente.

A vida é uma constante tríade, costumava pensar antes de desprezar a tudo. Uma dessas tríades é a teoria dos três efes: fresno, foda e fome.[*1] , e, absolutamente, ela sustentava algumas de suas convictas idéias.

***

O olhar era fixo no próprio olhar refletido. Espelho, fascinio, de fato. Cada piscada era um lampejo. Sentia-se incompleta... os seios rijos... ansiava por algo.

Era a vontade.Vontade?Ela sentia vontade de rir de seus raciocinios patéticos. Umideceu os lábios com a língua e, mais uma vez tocou e girou a esfera de metal entre o lábio inferior e o queixo.

Voltou ao quarto, de toalha, ouvia-se um death metal tenebroso e avassalador. Fitava o mundo sem percebê-lo, contudo. Hilário: a carne, a fraqueza e a mentira..aspectos que compõem a nós e o demais e que compreede o mundo conhecido e desconhecido.

O que viria a ser confiança?!

Cada passo era um alarde. Cada peça de roupa era um alarde, e, sair de casa, foi um total incêndio.

***

Os desconhecidos se encontraram após um longo tempo sem contato. Em um primeiro momento se fitaram com frieza. Em seguida já vieram os aspectos humanos. Comprimentos, sempre eles...mas a única coisa palatável, que ambos eram capazes de sentir, era dor, uma dor enlouquecedora.

O olhar dele era tentador, era um olhar que ela era capaz de desmistificar.Sim..aquilo, o que queria dizer. Brilhava e mirava certeiro, como dois raios.Ele sentia o calor dela, embora não estivessem assim, tão próximos.

Ela queria entendê-lo. Ele queria entendê-la.

Entraram no carro como dois estranhos, mas, a certa altura, quando entraram no apartamento, era como se conhececem de longa data, de forma tão íntima que despensava palavras.

(A dor persistia em ambos, impassível, incurável, impossível de ser descrita.)

Foram para o quarto, um lugar escuro, imundo e que recordava a primeira vez. Um banheiro que era pura imundice e deterioração. Em pleno show usurfluiram de si mesmos, do auge tão precoce e unilateral perdurara a dívida, e ela seria paga...certamente seria.

Houveram as preliminares, claro, inicio da saciedade embalada por um death nervoso.O por vir seria fantástico e surrealesco.

Depois de um tempo, ele começaria a passar a ponta da língua bem de leve, do seu pescoço até a parte mais baixa das suas costas... fazendo isso o mais lentamente, possível, para que fosse sentindo cada parte do corpo mutuamente.Depois de um tempo,ele viria a mudar, para as pernas, beijando, e dando leves mordidas até chegar nos pés dela, primeiro em uma perna, logo após na outra;lhe pediria para se virar, massagearia seus pés... e começaria a subir, com a ponta da língua e pura com leveza, até chegar a virilha, porém não passando dessa parte, pois logo após viria a passar para seu o ventre.Logo voltaria a beijá-la, e deslizar a ponta da língua, subindo devagar até aos seus seios, e os sugar cada um, como se o tempo tivesse parado, sem pressa;subiria ao pescoço, e,por fim, lhe beijaria a boca com uma fome dilaceradora.

Entretanto, repetiu todo o processo duas vezes seguido, uma com a garota vendada outra com plena percepção do que era feito. O objetivo da venda era evidenciar a sutilezas do toque, ao passo que a ausência dela era a representação da vontade, bruta e lasciva. O olhar dele era uma espécie de raio cor-de-oliva, que expressava as suas intenções e refletiam as dela.

Seria mesmo o reflexo do que ela desejava?

Chupava-a toda, deliciado, enquanto contemplava o erigimento da montanha de prazer dela. O vulcão que entraria em erupção tão logo?!Olhava para ela como coisa, como um objeto, que uma vez possuído, estaria, enfim, possuído.

O olhar dela era misterioso, aqueles olhos escuros cintilavam um algo em código incompreensível. Quanto a ele, queria mais que saciá-la, queria subjugar sua alma... Seria possível?Perguntas não seriam feitas, os quebra-cabeças seriam ajustados de modo a imaginar as peças que faltam...

A vcz dela. Sorriu, mordeu-lhe a orelha e a seccionou enquanto acariciava. Para ele era como se tivesse encontrado a morte, o frenesi era terrível, a pressão insustentável, tamanha fome. Em meio aos beijos ela mordeu a língua do amante, para, não muito depois, sentir a sua fúria. Esbofeteou-a, e, dessa forma, sentiu profundo prazer no ato. Ela sangrou, sentiu muita dor, mas sentiria mais. Gritou muito, mas ele ria.

Por fim, tentou esquivar sorrateiramente, mas, como garota, sabia previamente da supremacia do dominador.

Foi por isso que seus olhos se tornaram duas esferas opacas e exibiu suas presas. Era um monstro. Seus músculos passaram da leveza de uma pena ao peso de uma barra de aço. O objetivo era esfarelar aquela criatura torpe que a violentara covardemente.

Por sua vez, o homem imobilizou o corpo com base na influencia da alma, querendo ou não, ela ainda não regressara por completo. Os segundos passavam como a diluição de vinho em água. Ela estava domada.

Mas quem disse que meninas não podem ser cruéis?

A garota aproveitou a proximidade e interrou os caninos na aorta do seu possuidor-adversário. Sentia o prazer, do liquido jorrando para dentro de si, da vida de outrem de extinguindo sutilmente. A troca de memórias, flashes, pensamentos. Presente, passado e o que há de vir se mesclavam naturalmente. Fluía...

Este é o real prazer, o superior modus operandi.

Largou o corpo, penteou-se e tornou a se vestir. Já era tarde, a noite definhava, cedendo lugar aos aspectos da manhã. Observou o arrebol lindo por um instante, abandonou o corpo desmaiado e foi embora.

Lei da sobrevivência; Cada um por si. Sempre, sempre.

_____________________________________________________________

Dor.veêmencia.mútuo.paralisia.Violência.Sangue.



[*1]Teoria do Professor valadares que dá origem a um filme chamado “3 efes”.(Brasil, 2007,direção Carlos Gerbase)Esses tais efes são uma generalização das necessidades individuais da humanidade; são 3 tipos de fome.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

DOGMAS DO METAL II – Conceitos

ROCK AND ROLL (também escrito Rock n' Roll) é um gênero de música que emergiu e se definiu como estilo musical no sul dos Estados Unidos durante a década de 50, rapidamente se espalhando pelo resto do mundo. Evoluiu mais tarde para diversos sub-géneros no que hoje é definido simplesmente como "rock".

Atualmente, a palavra "rock and roll" tem diversos significados, seja para definir o rock tradicional ao estilo dos anos 50, ou para definir o rock surgido posteriormente, e até mesmo certas vertentes da música pop. Desde finais da década de 50 até atualmente,o rock é o estilo musical mais popular do mundo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rock_and_roll

Primeiramente, para entender o mundo do ‘rock’ (metal) você deve compreender que o heavy metal não é um mero estilo musical, ele transcende esse âmbito e, para ‘alguns’: metal é um tipo de religião com as autoridades e tudo. O segundo passo é compreender que sou uma criatura sem limites e com suposta pretensão irreverente. Absorvendo essa parte, estamos a um passo das lições.

Lição 1 – Desmistificando

a)Músicas do capeta – o Iron Maiden não é satânico, nem mesmo o Ozzy ‘comedor de morcegos’. São apenas pessoas com senso de humor. Ou seja, lembre-se de ser bem humorado, não levar nada a sério e ser debochado.

b)Apologia à morte – assassinato, suicídio.Desde quando você faz uma coisa dessas só porque ouviu alguém falar ou fazer?Sem comentários. Por favor ¬¬’’

c)Andrajos Negros – os trajes SEMPRE pretos fazem parte de um elemento psicológico que tratarei mais à frente.Veja Tr00zisse.

d)Voz do capeta – Não sua anta,isso se chama gutural e é bem comum na maioria das vertentes.ô falta de wikipedia ¬¬’

Lição 2 – O público

Visto que o público do ‘rock’ é super abrangente (até mesmo devido às inúmeras vertentes)

a)Tr00zisse - é aquela coisa maravilhosa. É na verdade retardamento e idiotice acoplados e direcionados. Se você é uma pessoa idiota que se julga melhor que os outros, não fala com pessoas de estilos diferentes para não ‘contaminar-se com o estilo’, adota extremismo, irracionalidade, não liga para sensos, não precisa ser headbanger!Você já é um tr000 em potencial. Só falta virar “roqueiro que ouve rock”.

b) roqueiro que ouve rock – aquele indivíduo que segue o comportamento descrito acima e escuta alguma vertente do rock.

c) Roqueiro que NÃO ouve rock – pessoas que não ouvem ou não suportam heavy metal e suas vertentes, mas possuem hábitos atribuídos aos indivíduos que se auto-intitulam “metaleiros”. Por exemplo: ingerir álcool além do necessário, usar drogas pesadas, ser ateu ou ocultista, ter um ‘look’ exótico, excêntrico ou agressivo. Usar roupa de outras épocas e regiões climáticas (fixações pelos anos 80 e camisas pretas gastas – cinza – são observadas com freqüência). Ter comportamento agressivo. Não tomar banho, ter tatuagens e piercing. Ter cabelo comprido, pintado de cores berrantes, raspado e, às vezes o couro cabeludo tatuado. Quanto mais bizarro, mas tr00. Tem o povo do calçinha preta que emputece a galera rock porque é forró e se vestem feito o André Mattos. oh!

Lição 3 - Vertentes

3.2) Anos 70

a)Hard – mistura o rock clássico com jazz e blues ...

b)Glam – purpurina, cabelos eriçados, salto alto …

c)Punk - "Faça Você Mesmo" (Do It Yourself), critica social e temas cotidiano nas letras. Som simples e agitado.

3.2) Anos 80

a) New wave: É um intermediário entre o pop e o punk. Recebeu também influências da disco music e dos ritmos jamaicanos reggae e ska. Seus principais nomes foram: The B-52's, Talking Heads, The Police, Culture Club, Duran Duran, New Order entre outros.

b) Heavy metal: Baseado no hard rock. Já existiam músicas e bandas de heavy metal na década anterior, como Judas Priest e Motörhead, mas foi nos anos 80 que o Metal se concretizou como um estilo próprio, criando suas vertentes e abandonando as características do Rock´n´Roll. Nesta época o Metal ganhou força, surgindo a qualidade musical e destreza de seus músicos. As músicas têm velocidade em riffs e solos. sub-genêros:

* Thrash metal: O thrash metal é um estilo musical caracterizado por um ritmo acentuadamente mais rápido do que o heavy metal, porém usualmente com uma bateria mais estática, com menos repiques. As letras são gritadas pelos vocalistas, e os temas das músicas violentos.

* Power Metal: o metal melódico é uma versão com coro do heavy metal tradicional criado em meados dos anos 80 por uma banda alemã chamada Helloween e faz criticas sobre governos atuais ou medievais, fala também sobre coisas medievais como guerras, dragões, cavaleiros e etc.

c) Post-punk: mais intelectualizado e intimista que o punk rock, o pós-punk caracteriza-se pelas letras existencialistas e pessimistas, o ênfase no baixo e na bateria e as influências do art rock, do proto-punk e do krautrock.

d) Gothic Rock: Em música, chama-se de gótico, em geral, o rock com predominância de tons menores. Frequentemente trata de passagens tristes e melancólicas em suas letras. Outra característica do gótico é o uso de aparelhos de música eletrônica. Tem pouca relação com o Gothic Rock.

c) Rock Alternativo: Rock Alternativo ou Indie Rock é o movimento que procura sonoridades diferentes dentro do Rock, fugindo do Hard Rock. Usam de um apelo diferente, trazendo influências de outros estilos e experimentando coisas novas, como o Sonic Youth e Pixies. O termo Indie vem de Independent, ou seja, eram bandas undergrounds que não tinham apoio das grandes gravadoras. O Rock Alternativo é usado para enquadrar tudo que não se enquadra nos outros nomes.

d)Hardcore: Dead Kennedys, Discharge e Exploited são apenas alguns dos nomes mais conhecidos desta variante do punk, muito mais barulhenta e politicamente orientada (por isso denominada por alguns de "anarco-punk"). Bandas como Bad Religion, Descendents e Hüsker Dü ( as duas ultimas faziam um Hardcore/Punk Rock mais limpo com letras voltadas ao cotidiano), deram origem ao Hardcore Melódico, que fez escola nos anos 90.

e)Rock brasileiro: Artistas e bandas como Cazuza e Renato Russo que explodiram no Brasil com seu Rock e suas idéias. Alguns destes expoentes foram: Ultraje a Rigor, Lobão, Ira!, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso Titãs, RPM, Fausto Fawcett e Os Robôs Efêmeros, Engenheiros do Hawaii, Camisa de Vênus, Plebe Rude, 365, Capital Inicial, Barão Vermelho, Blitz, Lulu Santos, Catedral, Kid Abelha e Nenhum de Nós.

3.3)Anos 90:

a) Grunge: movimento que trazia diversas bandas sem um estilo definido. A principal banda desse estilo era o Nirvana, que tinha um som voltado para o punk.Muitas dessas bandas atingiram o 1º lugar nas

b) Britpop: algumas bandas inglesas, que por possuírem uma estética similar, embora sem representar um movimento unitário, costumam ser denominadas britpop. Entram nesta denominação grupos pop como Blur e Oasis assim como grupos menos comerciais como Pulp, Suede, The Stone Roses e Supergrass.

c) Riot grrrl: a grosso modo, uma versão feminina do grunge, porém com letras que deixam transparecer o ativismo pela causa feminista. As suas representantes incluem L7, The Donnas, Bikini Kill, Babes in Toyland, Hole e Bratmobile.

d) Neo-Psicodelismo: as ideais de paz e amor são retomadas, mas sem a ingenuidade dos anos 60. Exemplo de bandas: U2 (oriundo do movimento pós-punk do início da década de 80), R.E.M., Smashing Pumpkins, Cake, entre outros.

e) Funk metal: Inspirado no balanço “funky” misturado a outras vertentes como o "Heavy Metal", o funk metal tomou forma nos anos 90, principalmente por causa de bandas como: Red Hot Chili Peppers, Faith No More, Rage Against the Machine, Beastie Boys, Suicidal Tendencies, Jane's Addiction, Living Colour e Primus.

f) Prog Metal: Aliando o peso do heavy metal à psicodelia do rock progressivo, algumas bandas deste estilo fazem dos seus membros referências para os entusiastas do heavy metal e, em alguns casos, do rock de uma forma geral. O exemplo mais proeminente é o Dream Theater, cujos integrantes são cultuados por seu talento (como o guitarrista John Petrucci, o tecladista Jordan Rudess e o baterista Mike Portnoy).

g) Metal Alternativo: Metal alternativo é uma forma eclética de Heavy Metal. Algumas bandas surgidas, com esse estilo, são: Avenged Sevenfold, Evanescence, System of a Down.

h) Indie-Rock: Bandas de garagem que participam do circuito "independente", fora do mainstream, como: Radiohead, Pixies, Dinosaur Jr., The Strokes, White Stripes, Coldplay, Travis e Belle & Sebastian, além de algumas bandas britpop.

i) Post rock: é um estilo de rock oriundo do início dos anos 90, quando algumas bandas iniciaram uma ousada proposta de unir elementos do rock alternativo com o rock progressivo.

j)New metal: Também conhecido como nu-metal, é caracterizado por bandas que misturam outros estilos musicais nas suas composições, notadamente rap ou música eletrônica. Por causa disso, é ignorado pelos entusiastas puristas de heavy metal. Suas letras falam de temas depressivos de uma forma "alegre", não é regra. Alguns atribuem a origem do estilo ao Faith No More, enquanto outros remetem à sonoridade adoptada pelo Pantera a partir do seu quinto disco, Cowboys From Hell (91).

k) Death metal: Tendo suas origens na metade da década de 80 com bandas como Mantas e Celtic Frost ficou conhecido como estilo musical dentro do Heavy Metal no final dos anos 80 e começo dos anos 90. O Death Metal é um estilo musical extremo que aborda desde satanismo, guerras e até assassinatos, suicídios e carnificinas.O death metal tem muitas outras vertentes dentro de si,como Thrash Death Metal,Tech Death Metal,Splater Death Metal,Death Metal Melódico,Brutal Death Metal, etc. O som é caracterizado por riffs pesados e distorcidos e por vocais guturais.Bandas desse estilo: Morbid Angel, Cannibal Corpse, Death, Obituary, Deicide, Cryptopsy, Nile, Benediction, Krisiun(banda brasileira), Dismember, Entombed, In Flames, Soilwork, Children of Bodom, etc.

l) Black metal: É a vertente mais extrema e obscura dentro do Heavy Metal, surgiu no começo dos anos 80 com bandas como Venom e Mercyful Fate. mas que tinha uma sonoridade bem mais parecida com o heavy metal tradicional e nada parecido com o black metal de hoje em dia.O som é caracterizado por letras satanicas,por vocais rasgados e riffs de guitarra rápidos e pesados.As bandas mais conhecidas são: Marduk, Emperor, Gorgoroth.

m) Metal industrial: Faz uso de industrial (uma vertente da música eletrônica) em conjunção com o rock, mas ao contrário do new metal, praticamente não há elementos sonoros de rap. As músicas deste gênero também são consideradas experimentais, por adicionar sonoridades e distorções fora do convencional. Exemplos incluem Marilyn Manson, Nine Inch Nails, Rammstein, Fear Factory, Deathstars, Ministry, e Rob Zombie.

n) Metalcore: Uma vertente do Heavy metal que começou a surgir no final da década de 90 e hoje é o estilo mais popular entre os jovens da atualidade. Algumas bandas dessa vertente As I Lay Dying, All That Remains, Caliban, Killswitch Engage,etc.

o) Visual kei: Movimento musical originado no Japão que combina diversos estilos como gótico, punk, metal, ska, pop rock, etc, de uma maneira muito peculiar, apresentado usualmente sob uma imagem carregada e andrógena dos músicos. Alguns representantes são X Japan, Luna Sea, Glay, Buck-Tick, L'Arc~en~Ciel e Malice Mizer.

p) Pop Punk: uma mistura de Blink 182, Millencolin, Green Day, yellowcard e o Ska de Less Than Jake, o Pop Punk começou com um cenário independente muito forte, com diferentes estratégias de divulgação.

3.4) Anos 2000

a) Indie Rock: O indie rock dessa década (que se afastou completamente da proposta original de rotular bandas auto-produzidas) perdeu toda a idéia dos anos 90 e ficou mais conhecido por serem bandas de rock alternativo se aproximando do pop, os diversos subgêneros criados com esse estilo são marcadas pelo revivalismo do pós-punk do anos 80 só que feito de um jeito mais contemporâneo. Típicas bandas influenciadoras: Gang Of Four, Blondie, Joy Division, The Cure. A situação caminhou a tal ponto que é quase impossível saber o que é e o que não é Indie Rock.

b) Emocore: Expoente do Pop-Punk, o estilo caracteriza-se pelo uso de um som pesado, ora melancólico ora grudento, com letra românticas.

c) Garage Rock Revival: Altamente confundido com o Indie Rock. O Garage Rock Revival é um rock minimalista: poucos acordes, guitarristas distorcidas, sem "firulas". Seria dizer que é seria uma espécie de rock de garagem só que mais moderno e mais bem elaborado. Diferente do conhecido Garage Rock, o Garage Rock Revival dos anos 2000 não segue as regras dos anteriores, dos anos 60 e 80, ele só é chamado de "Garage Rock" por ser um rock cru.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

DOGMAS DO METAL I – Prólogo

Após uma série de experiências com o underground e contato com seres que fazem parte da cena heavy metal do ES – que, a propósito, não fica no nordeste – e de outros estados, senti-me motivada a escrever sobre esse mundo. Das trajetórias do público metal que se convergem e da minha própria extraí cenas hilariantes.

Quando vejo uma menina thrasher penso “ai que dor” já que é horripilante ver homem nesse estado, imagina guria! Mas, alto lá, escuto thrash metal, claro, mas, definitivamente, não vivo nos anos 80! Ponto pra mim.

Escreverei um breve ensaio sobre ‘rock’ e, posteriormente, sobre uma garota, aspirante ambientada nesse submundo nefasto que é o heavy metal/ rock ’n’roll. Bem do meu jeito, puramente irônico, obviamente. Sempre. Ever.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

BANQUETE

Por Anne Caroline Quiangala

“There’s no present there’s no future

I don’t even know about the past

It’s all timeless and never ending

To take it in it’s all too vast”

Centre of eternity (Ozzy Osbourne)

Sobre a terra úmida de uma floresta, jazia uma jovem pálida, sem vestígios de sangue. O vento soprava violentamente por sobre a pele da face e pelo vestido escuro, ornamentado por fios de ouro. Ouvia-se o som de animais ao longe, e um uivar cada vez mais próximo... Mais e mais próximo...

Então irromperam olhares cruéis de dentro da cerração e, um a um avançavam em direção à jovem, correndo, saltando obstáculos, vorazes, sedentos.

Houve um curto instante de total silêncio, que foi quebrado por um grito agudo e pesaroso - grito de quem agoniza – que percorreu a vastidão eterna.

Pairava sobre a garota uma atmosfera fétida de hálito quente – presas lupinas a mostra.

Os olhos cerrados da jovem se abriram, como se a alma retornasse de um pesadelo. A alcatéia permaneceu vorazmente ameaçadora. A garota riu um riso agudo, sádico. Os animais, nesse ínterim, foram adquirindo aspecto humanóide e também riram...

...Até que sentiram os pés grudados ao chão, a voz em cada uma das mentes, o frio, o medo. Do outro lado a moça fitava cada um deles como se fosse tempo que a saciasse. Mas não era. Definitivamente.

Seguiu em frente, ao homem mais próximo. Levantou-se na ponta dos pés para alcançar o ombro; abraçou-o para desprover o nervosismo dele e, pouco depois, seus olhos ficaram iguais aos das cobras venenosas e ela enterrou os caninos – que ficaram enormes- em seu pescoço, sentindo o prazer à medida que o pulso dele caía. Isso foi se repetindo, até que ela terminou com todos e foi embora dali, na forma inicial, de garota. E seus lábios voluptuosos evidenciavam a sensação de saciedade plena.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

INDEFINIÇÕES: VISÕES MÚLTIPLAS DA MESMA VERDADE

Um grito a ser rompido
o calor a ser liberado
um coração e o que há nele contido
a mente, ou o que sobrou e jaz destroçado

Agro, agro
sólido, sólido
...e doce.

O cantar comove
risadas comovem
concepções destroem
palavras destroem

...e tudo fica.
para além-mar
para além-mar

Onde estou?

Pessoas são agras
o solo é sólido
pessoas são doces
desagradáveis e acres.


Para o meu amigo Renatoth

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

REACH TO MY EYES NEW HORIZONS

Contei pra minha mãe o objetivo. Ela ficou histérica e começou com aquelas de sempre (sou imatura, não sei lidar com as coisas, não tenho estrutura, não sei ter as coisas). Achei linda a falta de estímulo, né?Na verdade isso me deu um gás a mais, e a certeza de que estou fazendo a coisa certa.

Go!

(Scrap escrito por mim em 03/02/2008)


A experiência de ser Ronin trouxe a mim outros parâmetros. Por exemplo: possivelmente não seja esse o meu lugar. Medo, aprisionamento, falta de estímulo, armaduras invisíveis e dependência são realidades presentes que se fizeram ver logo agora. Força maior que o esperado para levantar após a ‘suposta’ queda e continuar a jornada.

Transpondo o fato à teoria matemática de conjuntos, o meu desejo seria o grupo grande dentro do universo ínfimo: o 2/3 dentro do 1/20.

Motivos pra ficar? Qual se em casa é o ‘a vosso reino nada’?Se esse estado não oferece um limite cabível (a não ser a quem é acomodado e vê como limitante a esquina da própria rua e cultura como TV etc etc). Mas, é claro, certamente existem pessoas muito importantes nessa província.

Tudo parece convergir para os meus devaneios a esse temível, surreal e fascinante dilema. Não é momento de choro, mágoas ou lamúrias. Nem para o sentimento mais vil - a inveja. Não no meu caso que tenho sempre um plano B que me motiva – traçar um plano de metas é o que me dá combustível para seguir e enfrentar quaisquer circunstâncias.

O fato é que almejo algo além da saia da minha mãe, sem ninguém pra tapar meu ouvido quando está ventando. Almejo um futuro próspero em amplo sentido, em que tudo seja oriundo do meu esforço próprio, meu mérito. Virtudes, conhecimento e vivencias (experiências) – mesmo sabendo que nem tudo é rosa... mas rosas têm espinhos, não é verdade?

A minha primavera se aproxima, Proserpina. E como será?

O futuro possui ramificações, que, em “Alias – intimidade #2” (Marvel Max) a Madame Teia explica assim para a
ex-heroína Jéssica Jones: ‘cada decisão que você toma na vida cria um novo conjunto de tangentes no tempo e no espaço’. Isso me fez refletir bastante sobre destino. E me fez pensar em probabilidades, afinal, no mundo adulto é você quem deve bifurcar o próprio caminho, ou seja, fazer a coisa por si mesma. O que vejo?Dois caminhos básicos para vencer esse obstáculo: O comodismo e a coragem. Para encarar o novo, que é uma sala escura – a aterradora falta de experiência – só mediante ao tato. A minha escolha? O incerto, o ‘impossível’. Concepções possivelmente imaturas e arrogantes as quais tenho o direito de ter devido a idade.
É possível mesmo que eu não saiba nada, mas estou aqui pra desbravar, afinal, “ta no inferno abraça o capeta” (ou, de cara, senta no colo?).

PS: Sobretudo eu, que não sou do tipo que é movida a incentivos e expectativas alheios. Existe o meu ser o os próprios objetivos, concepções e prioridades. Se estiver sendo arrogante... Ótimo!

Para o meu pai
Que me ensina ‘o que não se deve fazer’.
Para a minha mãe
Cujo ‘incentivo’ libera em mim, admirável força.

More:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=43697524


>>>Só pra constar o estado de espírito<<<


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

FESTA

Por Anne Caroline de Souza Quiangala João

“Tudo que pode dar errado dará errado”.

(Lei de Murphy)

Na verdade, foi tudo muito confuso. Eu ainda estou um pouco tonto, mas tentarei relatar o que aconteceu ontem...

Acompanhado da galera de sempre fui ver o show de Metal Melódico em que um grande amigo meu, Brutus, tocaria batera.

Na porta havia muita gente bêbada, trajada de negro empunhando garrafões de vinho barato, mendigando entrada em estado deplorável, feito animais nojentos.

Entramos em meio àquela desordem dantesca, através de um fluxo intenso de pessoas sendo carimbadas, pagando, recebendo troco, subindo, descendo e carregando instrumentos.

Durante a subida, ouvimos o som sintético e caótico no New Metal. Na rampa de acesso ao prédio decadente fomos nos aproximando do som, até chegarmos a um salão amplo, tragado por uma penumbra absoluta. À direita, um bar precário comercializava bebida alcoólica aos jovens e fornecia improvisadamente, água duvidosa. Ao centro, havia um grupo de indivíduos de fronte ao palco “dançando”. Eles jogavam a cabeça para frente ao passo que o restante do corpo mexia-se como que ciscando. Ao lado, estava o palco iluminado por uma lamparina débil e cujo teto esfarelava-se talvez por conta de infiltrações. A parte posterior do tablado era um cenário decadente, cravado de imagens abstratas, frases e palavras. O canto escuro cheirava a drogas e perversão. Aproximando-nos da arena onde as “galinhas” se degladiavam observei algo flamejante sendo jogado do palco; logo formaram circundaram aquilo que parecia ser um fetiche. Aproximei-me mais e vi que se tratava de uma guitarra em chamas, e que era adorada diabolicamente, de fato.

A partir de então fui sendo empurrado em todas as direções; nesse ínterim me vi sendo embebido por um líquido vermelho de aroma férrico... “Sangue?”, pensei aturdido, então teve inicio a missa negra.

Tudo foi transcorrendo morbidamente, até que fui arremessado ao chão e o mundo se apagou. Acordei hoje de manhã, em casa. E isso é tudo. Acredita agora Júlia?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Entrevista - email

01- Que horas são?

23h42min


02 - Nome?

Anne?

03 - Quantidade de velas no teu último aniversario:

Nenhuma, eram 20 palitos de fósforo acesos xD

05 - Tatuagens?

Um dia.

6 - Piercings?

Argola no nariz

7 - Já foi à África?

Sim, pois é.

08 - Já ficou bêbado?

Eu?Não ¬¬’’

09 - Já chorou por alguém?

sim

10 - Já esteve envolvido em algum acidente de carro?

Não


11- Peixe ou carne?

sangue

12 - Música preferida?

No momento: 'Seek and destroy' - Metallica

13 - Cerveja ou Champanhe?

Tanto faz, o que tiver.

14 - Metade cheio ou Metade vazio?

Hãan, pois é

15 - Lençóis de cama lisos ou estampados?

lisos

16 - Filme preferido:

Os amores de moll flanders

17- Flor(es):

Girassóis, rosas e uma que esqueci o nome...

18 - Coca-Cola simples ou com gelo?

com gelo e limão

19 - De que pessoa recebeu esse e-mail?

Velcro

20 - Quem dos teus amigos vive mais longe?

Alguns


21 - O melhor amigo(a)? pode ser mais de um!?

Anne, Bruna e etc.

22 - Quem você acha que vai responder a esse e-mail mais rápido? sei lá

23 - Quantas vezes você deixa tocar o telefone antes de atender? depende


24 - Qual a figura do seu mouse-pad?

Gradual - programa de avaliação seriada

25 - CD preferido?

No momento:'Demonking' - chakal

26 - Mulher bonita?

Além de mim?Norah Jones e a Angelina Jolie
27 - Homem Bonito?

James Hertifield, Lestat de Lincourt, meu irmão, e por aí vai

29 - Melhor sentimento do mundo?

Get the power


30 - O que uma pessoa não pode ter para ficar com você?

Se tiver cérebro é um começo


31 - Qual o primeiro pensamento ao acordar?

“esqueci alguma coisa...o que foi?”

32 - Algo que você nunca tira?

O cérebro

33- O que é que você tem debaixo da cama?

Nada, às vezes, sapatos

34- Qual a pessoa que talvez não te responda?

Vamos pular essa parte...

35 - Aquele que com certeza vai te responder?

... Essa também...


36 - Quem gostaria que te respondesse?

...e, talvez todas!

37- Uma frase:

" Um por todos e todos por um " (Blackmore’s night)

38 - Qual livro VC está lendo ?

Deuses americanos – Neil Gaiman


39 - Uma saudade:

Do ensino fundamental: comprar material novo, usar merendeira e etc.


40 - Término das respostas:

23h56min

24/01/2008