terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Condições ímpares

Queira eu que me corrompas,
queira eu que te corrompas
mas, no fim, o gosto de cada parte,
o toque, o cheiro, o sabor de cada um
efemeramente...

[Explode...]

Renegado, ao vento se situa
vomitar suas infâmias lástimas
Destrói a toda e qualquer formosura

Porque antes do amor, antes dos louros
e das glórias,
vem o choro.

[O medo, a dor, a solidão à vista...]

Que o sol ilumine
Que a dignidade não estremeça
Unte seu corpo e alma
prepare-se para a guerra.


Para a Cló.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Post de Aniversário!


Minha tia disse "Brasília te dá sorte". Muitas pessoas, aliás, concordariam. Realmente, coisas boas ocorrem aqui, inexplicavelmente.

Renatoth diria que é a conspiração. E a Tia Brut concordaria. (acho).

Bah,
Estou feliz demais pra conseguir fazer um bom post.

; )


(mas eu posso, no dia 19 a brincadeira é minha xD)


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Repulsa

É gratificante o elevar do mundo ao patamar correto, digno de fatal queda. É gratificante e maravilhoso, estar, ao menos, um neurônio em uso. É gratificante, maravilhoso, honroso e destrutivo, conhecer e sentir ( o misto cáustico de uma inedequação do infinito, que resulta no caráter único: sofrer). E, por que não, sofrer? E, por que se age como um mal? A repulsa e o viver pútrido não parecem aspectos disformes, amorfos e distantes do ser humano da existência humana.

Frases feitas, roupa feita, nomes feitos, feios. Mundo errado, de confusão e desespero. ESPERANÇA. Luz entrando pela fresta no final do túnel escuro. Tens razão, por que não, morrer? E tudo parece tomar uma dimensão azul, translúcida e então tudo se mescla num amálgama incompreensível. E, por que não, conceber? Nosso placebo cura, amor.

Agonia interior; intenso fluxo, rubro, denso, borbulhante. Solidão doentia, perceber e sentir malvado, tudo jogado em pacotes vazios chamados de seres vivos racionais. Ótimo!Gratificante!E, como todos em seu aspecto resplandecente, afão, claro, pedante e maravilhoso, agindo de forma súbita, por impulso...ou instinto?

Medo de mim. Medo de si. Ora, ora. E o perdão da madrugada?A penitência da zero hora?A violência, a dor, a sujeira, a falta de caráter, a ignorância, a decadência, o fim dos tempos...?

O fim de tudo, repleto de repugnância. O amálgama perde a luz, as cores, as formas...o amálgama é vapor, opaco e cheira a jasmim, ou cravo?E o caos faz parte de mim...o 'mim' que faz parte do mundo.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sem odor:.

Leva-me pela mão
e devolva o desencanto que doeu.
digo "por favor" e peço desculpas...
meu perdão cinzento
cheira a fel condensado
e que, de tão denso, torna-se líquido.

Meu sorriso é um esgar
o escorrer azulado, dantesco
ando, danõ virando pó-a-pó
Sou esperança contida
e rogo pela morte cinza e fria
como pede-me comida.

...Os santos te guardem
com iconoplastia de gesso
com doçura de plasma.

Sem odor, com certeza.