sábado, 2 de agosto de 2008

Era uma vez o mundo...

Ontem assisti a um filme chamado "Era uma vez..." e fui sem pretensão nenhuma, aliás, sem mesmo ler a sinopse. Só tenho a dizer que é um filme visceral, e que desperta uma sensibilidade extrema, porque é o nosso mundo concreto, a verosimilhança é total, porém, não é a nossa realidade.Realidade.O que é realidade?

Não tenho uma resposta pronta para a questão. Fato.Mas é doloroso esse esquema de vida a que nos submetemos.O reconfortante a nós e o que resta aos outros; A lei do mais forte, o contrato social. A existência de um abismo econômico parece uma ironia para quem não está inserido nos pólos. A violência nua e crua, não é a nossa realidade, certo, mas ainda assim, pedintes e tudo aquilo que tentamos ignorar, coexistem, por mais que tentemos desviar os olhos. Eles estão ali, e sempre estarão enquanto o mundo for desse jeito.O nosso olhar projeta-os como uma vida paralela além do nosso mundo,e o filme desnuda o nosso 'preconceito' sem agredir, mas instigando reflexões. Segregação, oportunidades (ou falta delas) e o tal determinismo e a constante que ronda diversas consciências 'o homem é fruto do tempo e espaço em que vive'.Pois acho que nem tudo caiu por terra ainda.Não é minha visão particular, mas a generalização do que ouvi ainda na sala de cinema antes de sair.

Além disso, refleti sobre o signicado do ser humano, de cada algarismo presente no censo do IBGE. Nosso mundo são as pessoas que importam, que fazem sentido em nosso contexto. Um 'parabéns pra você' em um bar, só tem significado quando a pessoa têm significado. Caso contrário, torna-se um Haikai perdido na imensidão de símbolos, gestos, comida e bebida.

Isso tudo para expressar, através do TODO PELA PARTE OU PARTE PELO TODO,o que ouvi dizer, certa vez: " a vida não vale nada". A princípio, não levei em conta, mas creio, no final das contas, não ter entendido no momento. É fato, a gente acaba e o mundo continua aí, intocado, indiferente porque você (e muitos outros) não mais o pertence. Indiferente. Assim, simples feito um estalo. Sem despedidas, sem sentimentalismo qualquer. Todos são indigentes, no final das contas. Pertencendo ou não a um contexto. Matéria morta é matéria morta.



Um comentário:

Wander Veroni Maia disse...

Olá! É mto bom qdo vamos assistir um filme e somos surpreendidos pela qualidade da trama.

Abcs,

=]
__________________________
http://cafecomnoticias.blogspot.com