quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Dádivas on R.E.M

São sonhos límpidos...que esfacelam-se em dureza brutal
O renome desconhecido, aquele homem-monstro, tão mau
E dúvidas impróprias, caminhar sombrio, celeiro de porcos
Mas será que, no fim, não estamos todos mortos?

In Memoriam dos tristes sonhos, tristes dias, tristes hábitos
In Memoriam dos meus dias, minha dor e meus próprios atos
Constante afirmação do gênero decadente:
Assinar com sangue o livro dos dias e expansão da mente

Pouco a pouco os elementos queimam
O que restam são cinzas de lástimas sangrentas
O que quer que seja, o que quer que queiram
Não destruam com vis agruras lamurientas

Aos braços de quem me lanço - Adeus!
Aquele o qual me entrego - Morpheus!
Aos poucos dilatantes caem - Meu deus!

3 comentários:

Rafaela disse...

R.E.M. é aquele estágio de sonhos rápidos, não? Pensei que era da banda, até que fui ler o poema. Lindo, por sinal! :)
Você usa umas palavras que eu nunca imaginaria colocar no meu vocabulário. O que é bom... Lendo o teu, eu amplifico o meu!

Anne Caroline Quiangala disse...

Na verdade é o sonho em sí, o tal R.E.M - além do ícone pop, claro. Esse poema meio que ficou de fora junto de alguns vários pra uma seleção. Ah!Que bom estar contribuindo para o mundo disseminando palavras (?!)

Anônimo disse...

Linda poesia, as rimas ricas e o conteúdo -" meu deus!" RSSS Você brinca com as rimas sem perder o foco do assunto, as dádivas que se conquistam nos sonhos, que se perdem e queimam em lamentações.
Adorei.
Parabéns.
Um abraço,
Giordana