segunda-feira, 23 de junho de 2008

Junto dos seus iguais

Cubículo claustrofóbico
Em que não se falam os iguais

Bem.
Inferno é pior.

Cubículo claustrofóbico
Gélido e complacente

Bom.
Asco não mais.

Cubículo claustrofóbico
Em que os ratos estão prestes à animosidade
Cubículo claustrofóbico
O que tem pra incitar tamanha perversidade?

Bom que não me toca.
Ainda não.

Os ratos não roeram o meu cérebro.
E não cortaram as minhas mãos.

Cubículo claustrofóbico
Por que sempre tão severo?
O que foi feito para revidar assim?

Bem, hoje é um belo dia e não quero nada que não seja semear uma rosa nesse jardim estéril.

Concreto não deixa
Concreto impermeável
Como o olhar sombrio das criaturas presas,
Como o coração de cada um dos ratos.

Estamos sempre juntos dos nossos iguais.


Um comentário:

Anônimo disse...

Fico cada vez mais surpresa com o teu talento pra escrita! Porque não é vazio o que você diz.É tão sei lá, dá a impressão de que transborda de dentro de você.E por mais que não seja assim, pra mim a impressão é o que fica.hehe
Mas não sou fã desse estilo tão triste da de hoje.Mesmo assim,bonito!:)