terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Repulsa

É gratificante o elevar do mundo ao patamar correto, digno de fatal queda. É gratificante e maravilhoso, estar, ao menos, um neurônio em uso. É gratificante, maravilhoso, honroso e destrutivo, conhecer e sentir ( o misto cáustico de uma inedequação do infinito, que resulta no caráter único: sofrer). E, por que não, sofrer? E, por que se age como um mal? A repulsa e o viver pútrido não parecem aspectos disformes, amorfos e distantes do ser humano da existência humana.

Frases feitas, roupa feita, nomes feitos, feios. Mundo errado, de confusão e desespero. ESPERANÇA. Luz entrando pela fresta no final do túnel escuro. Tens razão, por que não, morrer? E tudo parece tomar uma dimensão azul, translúcida e então tudo se mescla num amálgama incompreensível. E, por que não, conceber? Nosso placebo cura, amor.

Agonia interior; intenso fluxo, rubro, denso, borbulhante. Solidão doentia, perceber e sentir malvado, tudo jogado em pacotes vazios chamados de seres vivos racionais. Ótimo!Gratificante!E, como todos em seu aspecto resplandecente, afão, claro, pedante e maravilhoso, agindo de forma súbita, por impulso...ou instinto?

Medo de mim. Medo de si. Ora, ora. E o perdão da madrugada?A penitência da zero hora?A violência, a dor, a sujeira, a falta de caráter, a ignorância, a decadência, o fim dos tempos...?

O fim de tudo, repleto de repugnância. O amálgama perde a luz, as cores, as formas...o amálgama é vapor, opaco e cheira a jasmim, ou cravo?E o caos faz parte de mim...o 'mim' que faz parte do mundo.

2 comentários:

Rafaela disse...

Lindo, como sempre!


Minha filha, quando vc vai parar de fazer blogs, hein? kkkkk

Beijo!

Anônimo disse...

Nossa, froa...
Não sei. De repente se os neurônios estivessem repousando poderia ser melhor...ou não...ou sim.