quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Elegia ao colecionador

Pra você, algo que tenha significado,
Algo além da minha falta de sentimentos distintos
Algo além que minha má impressão.
Direto do meu coração agro, de sonhos famintos...

Pra você esse ataúde, tal como sangue meu, sacrificado
Aprendo a lidar com o que tenho, sigo meus instintos
Aprendo a lidar com o amor por você, com a missão e a depressão.

Espero que saiba, meu caro
Que sinta, o que não é palpável, mas entre nós transita

Good bye mi amore,
Que seja tenro sempre e doce, mesmo na morte
E que, aliás, não morra porque me fui, seja feliz à sua sorte
Tudo - mas tudo mesmo - de bom pra usted grand’ amore

Que não esqueça minha tepidez
Pois não esquecerei sua morna incensatez
Contida, plástica demais, para nós dois
Alta madrugada, nem corpo, nem su’ alma quero agora (talvez depois)

Procuro desprender-me, aos poucos, sem dor
Convulsões subliminares de afeto e límpido amor
É claro, ininteligíveis...
O dia começa cedo amanhã e, mais uma vez, perambulo as órbitas
[inatingíveis.
Adeus grand’ amore,
Posso?







Para o mais novo Grand’ Amore

2 comentários:

Rafaela disse...

Sabe que pra ler o que você escreve, na maioria das vezes eu pego um dicionário de precaução? Mas isso é bom...Vivendo e aprendendo!rs
Lindo esse aqui!Gostei muito. :)

Anônimo disse...

Nós duas nos despedindo de nostro grand'amore, mas claro que meu conto não alcança esta bela poesia. Em tudo muito encantadora. Tens um talento com rimas e veros, que desconheço por completo. Sou uma iniciante quando tento criar poemas.Parabéns por essa lina peça literária, como sempre criaste uma bélissima obra de arte.