segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Sem título,

Se tudo o que você é - e não é - são resquícios dum naufrágio há muito semiesquecido, o que fazer?Pensar, de cócoras, sobre a mais alta montanha do vale imaginário, não exime o códon diluído de todo o universo da dúvida contraditória. A sua experiência de vida, de mar, indissociável dos rios do planalto não é da interpretação semelhante a das fábulas.

Se uma gota contém um universo e este, também aquele (o corpo amorfo de cócoras)?O corpo pensa sobre o que é, de onde veio biológica e psicologicamente. De súbito, ele vê. Não com os olhos
duplos, porque é uma intuição longínqua, intuída como quem sente na pele a mudança das estações. Mais do que qualquer águia, ele é um morcego cujos olhos físicos nada enxergam, mas todo o resto...vê o futuro e sente o que, no fundo, é.





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